Com quantos dias posso pegar um filhote de gato?

O nascimento de um novo gatinho é sempre uma alegria. E muitas vezes, ao nascer um filhote, também nasce um tutor! E aí a alegria é redobrada. Mas, com quantos dias posso pegar um filhote de gato?

Sabemos que esse é um período importante na vida dos animais e é difícil entender quando eles podem ser separados das mães. 

Por isso, hoje o Clube dos Bichos vai te explicar um pouquinho mais sobre as fases iniciais de vida dos gatinhos, a idade ideal de separação da mãe com os filhotes e alguns cuidados adicionais mas muito importantes. Vai perder? A gente tem certeza que não!

Fases de desenvolvimento da vida dos gatos.

Até chegar à fase adulta, que é considerada a partir do marco da maturidade sexual, os gatinhos passam por quatro períodos de desenvolvimento. São eles: 

• Período neonatal: do nascimento até os 13 dias de vida
• Período transicional: que compreende desde o 14º até o 19º dia da vida do gato
• Período de socialização: vai desde os 20 dias de vida até o terceiro mês 
• Período juvenil: vai do terceiro mês até a chegada da maturação sexual

Aliás, é durante essas quatro fases que os gatos passam por etapas importantes de seu desenvolvimento. 

No estágio neonatal os filhotes ainda são completamente dependentes das mães e não possuem coordenação motora o suficiente.

Entretanto, há um salto de desenvolvimento que ocorre a partir do período transicional, pois os gatinhos filhotes já começam a andar e abrir os olhos.

Já no período de socialização, os dentes começam a nascer e, por isso, aqui podemos falar que é o momento ou o período com quantos dias o gato desmama. 

Por fim, na fase juvenil os animais passam a ter uma exploração completa do ambiente e a capacidade de aprendizado vai lentamente diminuindo. 

Então, com quantos dias posso pegar um filhote de gato: Idade ideal para separar a mãe dos filhotes.

Pensando nessas fases da vida dos animais, o período ideal de separação da mãe e dos filhotes é quando os pequenos completam 60 dias de vida. Este é o momento que chamamos: ” Por mais que doa deixe ir “.

Com 2 meses eles já estão chegando ao fim do período de socialização e os dentinhos já estão com desenvolvimento avançado. Por isso, eles começam a morder as mães na amamentação, que os afastam instintivamente. O desmame, portanto, já está em estágio avançado. 

Além disso, com 60 dias ele está prestes a entrar na fase juvenil, em que irá explorar bastante o ambiente em que se encontra. O ideal é que um pouco antes de entrar nessa fase o animal já seja inserido no local em que ficará, para facilitar a ambientação.

Mas quanto tempo dura a amamentação dos gatos? Por que esperar os 60 dias? 

Respeitar esse período é fundamental para a saúde dos animais e gera impactos até mesmo na vida adulta deles.

Portanto, além da importância da amamentação tranquila e completa, os primeiros 60 dias garantem vínculos de socialização com a mãe e com os irmãos, o que melhor o comportamento dos gatinhos na vida adulta.

Aliás, estes são os principais motivos para respondermos a pergunda de ” quanto tempo dura a amamentação dos gatos? ” indicando, como média, os 60 dias de vida dos gatinhos recém-nascidos.

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Cuidados extras nesse período.

Como esse período inicial da vida dos animais gera muitas dúvidas dos tutores, trouxemos alguns cuidados e dicas especiais que vão te ajudar, certamente, a entender com quantos dias posso pegar um filhote de gato.

a. Pode pegar filhote de gato no colo?

Quando falamos dos 60 dias para separar os animais da mãe, podemos estender a regra desse período também para o toque nos animais. Se possível, espere os 2 meses para acariciar e até mesmo tocar nos filhotes e o faça caso seja totalmente necessário. 

Isso porque o cheiro humano que fica na pele dos pequenos pode fazer com que as mães afastem e rejeitem os filhotes. Nosso odor dificulta que a mãe reconheça os gatinhos como sendo seus filhos e acelera o processo de desmame, que precisa acontecer de forma natural.
 

Então, caso esteja querendo saber se pode pegar filhote de gato no colo, evite interferir na criação do filhote de gato recém-nascido. Este é um momento muito importante de conexão entre mamãe e bebê, e pegar filhote de gato no colo faz mal para este convívio, combinado?

b. Vacinação

A vacinação é um dos aspectos que merece mais atenção dos tutores, já que impacta na saúde dos bichanos durante toda a vida. 

Até os 60 dias, o leite materno é a principal fonte de anticorpos dos pequenos animais. 

Após esse período, é preciso que você inicie o cronograma vacinal dos filhotes. 

Com 2 meses, os gatinhos precisam tomar a primeira dose das vacinas polivalentes. São elas: Vacina Tripla (V3), Vacina Quádrupla (V4) ou Quíntupla (V5) Felina.

Após 21 a 30 dias, é preciso vaciná-los com a dose de reforço. Além disso, é importante também aplicar a vacina de Raiva que deve ser dada com 120 dias de vida. 

Essas vacinas protegem os animais das seguintes doenças: 

• Panleucopenia
• Rinotraqueíte
• Calicivirose
• Clamidiose
• Raiva
• Leucemia Felina (FeLV)
  

Por isso, não hesite e leve seu filhotinho a uma visita ao veterinário assim que ele completar os 2 meses de vida.

Dessa forma, ele irá examinar a saúde de seu animal como um todo e vai te direcionar de forma personalizada.

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c. Alimentação

Se a alimentação é algo fundamental na vida de qualquer ser vivo, nos períodos iniciais de vida ela se torna ainda mais importante. 

No caso dos gatinhos, até os 60 dias ele deve ser alimentado exclusivamente pelo leite materno. Esse alimento é completo, oferecendo todos os nutrientes e até mesmo os anticorpos necessários nessa fase da vida dos animais.

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Após completar os 2 meses, o ideal é introduzir a papinha de transição na alimentação dos filhotes. Ela é feita a partir da ração de filhote e vai fazer com que os gatinhos acostumem com o gosto do alimento. Os grãos da ração são amolecidos e amassados, ofertados na forma de uma massinha bem mole.

À medida em que ele for acostumando, você pode diminuir o grau de amolecimento da papinha, chegando à fase em que a ração será ofertada completamente em grãos secos, de forma natural. 

Mas e aí, entendeu tudo sobre essa fase da vida dos gatinhos e já sabe quando separá-los da mãe? Esperamos que sim! Se você tiver alguma dúvida, já sabe: escreva pra gente aqui nos comentários que iremos te ajudar. Até a próxima! 

Guilherme Rezende

Designation

Médico Veterinário formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pós graduado em Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais pela Universidade Castelo Branco (UCB).

Cofundador da Plataforma Clube dos Bichos.

Fabiano Carregaro

Médico Veterinário graduado pela Universidade de Brasília (UnB).
Mestre em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Cofundador da Plataforma Clube dos Bichos.

Referências Bibliográficas:

LITTLE, S. E. O Gato: Medicina Interna. 1. ed. Rio de Janeiro: Roca. 2016.

CHANDLER E. A.; GASKELL C. J.; GASKELL R. M. Clínica e terapêutica em felinos.3ª ed. São Paulo: ROCA, 2006.

BIRCHARD, S. J. & SHERDING, R. G. Manual Saunders – Clínica de pequenos animais – 3ª.Edição. Ed. Roca, 2072p. 2008.