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Gato Gordo – conheça todos os riscos para a saúde do seu felino!
Gato gordo, você tem algum em casa? Conhece quem tenha um gatinho gordinho e fofinho? Então você deve se preocupar, já que os gatos obesos tem maior risco de morte e reduzida expectativa de vida.
Certamente, a obesidade tem se tornado um problema crescente em pet, já que os índices apontam que entre 20 a 60% dos gatos no mundo podem estar gordos.
Estes índices trazem muita preocupação, pois esta condição aumenta os problemas de saúde dos felinos, diminuindo a qualidade de vida e a longevidade de nossos pets.
Mas o que é considerado um gato gordo?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo, de forma que traga prejuízo ao seu funcionamento.
Aliás, os índices mundiais são tão alarmantes que a obesidade é considerada uma pandemia que afeta tanto as pessoas, como os cães e os gatos.
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Mas porque meu gato engorda?
A principal causa da obesidade nos nossos felinos é a alta oferta de comidas e petiscos calóricos, principalmente quando aliada à baixa atividade física. Certamente, esse fatores fazem com que o gato tenha um ganho calórico excessivo e, assim, ficando um gatinho gordinho.
Mas outras condições como a castração e o avanço da idade ajudam a diminuir a taxa metabólica e potencializar o ganho de peso em nossos animais.
Existe uma raça específica de gatos gordos?
A resposta é não!!! Como falamos acima a maior causa do peso do gato aumentar é o fator alimentar. Portanto, qualquer raça de gato pode engordar, por exemplo você pode ter um gato siames gordo, um gato persa gordo ou mesmo gatos gordos que sejam vira-lata.
Assim, o importante é sempre observarmos o nível de atividade física aliada a quantidade e qualidade de alimento oferecido para seu gatinho.
Então, como identificar se meu gato está gordo?
Atualmente existem alguns exames para identificar se seu felino está gordinho, mas o mais utilizado é o de Escore de Condição Corporal (ECC).
O exame prático e rápido e pode ser feito pelo próprio tutor em sua casas. O escore é feito pela visualização lateral e dorsal do animal e com a palpação de osso do quadril, coluna e costelas do seu gatinho.
A classificação do escore vai de 1 a 9, onde o ECC 1 caracteriza um animal muito magro e pode-se palpar e visualizar facilmente as as pontas dos ossos e o ECC 9 indica que você tem um gato muito gordo em casa e não é possível nem palpar e ver os ossos, pois estão recobertos de gordura. Além disso, é possível ver uma barriga protuberante e o felino com o rosto mais arredondado, aspectos típicos dos “gatos gordos e fofos”.
Em caso de dúvida peça para o veterinário do seu pet realizar esta avaliação.
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Aliás, o que a obesidade pode trazer de mal para o meu gato gordinho?
Esses são alguns dos problemas vistos em gatos gordos, a saber:
- Problemas articulares: os gatinhos tem aumento dos problemas nas articulações pois há um processo inflamatório constante/crônico, além do excesso de peso e atrito nas articulações.
- Diabetes: semelhante a humanos, o gato obeso pode desenvolver a diabetes do tipo 2 devido fatores que dificultam a ação da insulina no organismo (resistência insulínica).
- Hipertensão: os fatores inflamatórios, hormonais e de excesso de “gordura” no sangue fazem com que seu felino tenha um aumento de pressão sanguínea, levando à problemas cardíacos.
- Doenças de pele: principalmente devido à redução da capacidade física do gato gordo realizar a sua própria higienização através da lambedura. Pois, sem essa higienização o gatinho permite a proliferação de microrganismos prejudiciais à saúde da pele.
O felino gordinho pode ter alterações em diversos outros sistemas como: o respiratório, urinário, bem como aumento da chance de desenvolver tumores. Portanto, a perda de peso é essencial para a manutenção da vida saudável de seu bichinho.
Como emagrecer meu gato gordo?
Emagrecer é algo difícil não só para nós humanos mas para os felinos também, assim aí vão algumas preciosas dicas:
- Tipo de alimentação adequada: fazer uma dieta adequada com baixos índices calóricos e menos carboidratos. Em caso de ração, recomendamos fazer o uso de alimentos adequados para gato obeso.
- Uso de dieta úmida: pode ser combinado com a ração para facilitar a perda de peso.
- Uso de alimentação natural: seu gatinho gordinho faz o uso de alimentação natural? Então, sugerimos que peça para o médico veterinário do seu felino prescrever a alimentação balanceada para gatos gordos.
- Exercitar o seu bichano: você costuma ver seu gato sentado muito tempo? Então, estimule o seu bichano a praticar exercícios físicos. Aliás, existem vários brinquedos no mercado que estimulam a diversão entre você e seu pet. Essa é uma prática muito importante para o bem-estar e para a saúde do seu gatinho gordinho.
- Alimentos proibidos: petiscos e “agrados” não fazem parte do programa de emagrecimento, então nem pensar!!
DICA DE OURO: Você não vai aguentar ficar sem dar um “agrado” para o seu peludinho? Então veja esse nosso texto sobre petiscos que que auxiliam no emagrecimento e faça seu gatinho feliz inclusive nesse momento de emagrecimento.
Por fim, lembramos que antes de tudo nós sempre indicamos buscar a ajuda profissional para que o médico veterinário de seu gato gordinho faça toda a prescrição da dieta. Certamente, o tratamento correto da obesidade felina é essencial para o seu felino conseguir emagrecer de forma saudável e fugir do título de gato mais gordo do mundo.
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Fernando Schmidt
DesignationMédico Veterinário graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 2014.
Especialização em endocrinologia veterinária pela Faculdade Unyleya, em 2019, e pelo Instituto Qualittas, em 2020.
Atua como medico veterinário na área de endocrinologia veterinária e clinica médica geral de cães e gatos.
Instagram: @viaendocrina
E-mail: viaendocrinavet@hotmail.com
Referências:
JÉRICO M. M.; LORENZINI F.; KANAYAMA K. K.; CAVALCANTE C. Z.; FURTADO P.V.; Obesidade Canina e Felina. Associação Brasileira De Endocrinologia Veterinária 2018.
BRUNETTO, M. A.; NOGUEIRA, S. P.; SÁ, F. C.; PEIXOTO, M.; VASCONCELLOS, R. S.; FERRAUDO, A. J.; CARCIOFI, A. C. Correspondência entre obesidade e hiperlipidemia em cães. Ciência Rural. v.41, p.266-271, 2011.
GARDNER, D. G.; SHOBACK, D. Endocrinologia Básica e Clínica de Greenspan, 9 ed., Porto Alegre, 2013. 880 p