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10 dicas para proteger seus animais durante o frio do inverno.
Como proteger os cachorros e gatos que sentem frio no inverno? Proteger seus animais durante o frio do inverno é uma das principais preocupações dos tutores quando chegamos aos meses com temperaturas mais baixas. O inverno chegou, e com ele devemos redobrar a atenção com os nossos animais.
As temperaturas baixas, principalmente durante a noite, associadas à baixa umidade relativa do ar, aumentam as chances de termos gatinhos e cachorrinhos com frio, e que, em virtude disso, que eles apresentem problemas de saúde, sobretudo os respiratórios.
Cachorros sentem frio? E os gatos, sentem frio também?
Os cães e os gatos são animais homeotérmicos, ou seja, sua temperatura corporal não muda em função da temperatura ambiental. Eles possuem uma sensação térmica similar à dos humanos, assim, podemos concluir que o gato e o cachorro sentem frio da mesma forma que nós, humanos.
A sensibilidade às oscilações de temperatura ambiental varia entre as raças de cão e de gato, principalmente quando a relacionamos à constituição física dos cachorros e gatos.
Então, como saber se os gatos e os cachorros estão com frio?
Durante o período do inverno, os animais que ficam muito expostos às condições ambientais irão apresentar alterações de comportamento, como por exemplo: deitar em formato de bola, estar pouco ativo e com a orelha e o corpo frios, tremer o corpo e os dentes, resmungar e latir ou chorar para chamar a atenção.
Sempre que o gato sente frio ou que o cachorro sente frio há uma série de mudanças fisiológicas importantes ocorrendo, as quais podem trazer prejuízos muito significativos para a saúde e o bem estar dos nossos cães e gatos.
Todos os gatos e cachorros sentem frio da mesma maneira?
É importante observar que algumas raças são mais adaptadas ao frio que outras. Dessa forma, a depender da quantidade de gordura sob a pele e do tamanho e quantidade de pelos, os animais podem ser mais ou menos adaptados a esse período de inverno.
Portanto, podemos dizer que uma raça como a do pastor alemão sente frio em uma proporção diferente da que, por exemplo, um cachorro da raça labrador ou rottweiler, o que também vale para cães vira lata.
O importante é observarmos a condição geral do animal, pois até o labrador sente frio, sim, mesmo tendo mais gordura que outros animais.
Então, podemos concluir, com isso, que os gatos e os cachorros sentem frio e, no geral, devemos observar o seu comportamento diário para definir o correto momento de lançarmos mão das 10 dicas que destacaremos a seguir.
Não se preocupe! O CLUBE DOS BICHOS preparou uma lista com 10 dicas de cuidados com os animais durante o inverno.
1. Banhos:
Aposto que você gosta de deixar seu bichinho cheirosinho, não é mesmo? Mas ao mesmo tempo não quer deixar seu cãozinho ou seu gatinho com frio, certo?
Por isso, nessa época do ano é interessante diminuirmos o número de banhos.
Dê banhos somente se o animal estiver realmente sujo, sempre em dias mais quentes e na parte da manhã. Para tanto, utilize água morna e lembre de secar muito bem a pele e o pelo do seu animalzinho!
2. Local de dormir:
O inverno chegou e com ele as temperaturas caem bastante. Assim, é muito importante que os animais sejam protegidos das baixas temperaturas para evitar que eles fique doentes.
Alguns cães, mesmo tendo seu cantinho para dormir, preferem ficar ao relento. Entretanto, tente manter esses animais dentro de casa, abrigados do frio. Proteja a caminha ou casinha dos cachorros do frio, com material isolante térmico ou estrado.
3. Tosa:
Evite tosas muito baixas. Durante esse período de frio mais intenso, os pelos dos cães e gatos são uma proteção natural contra o frio.
Nesse momento, opte por somente aparar os pelos para evitar que seus cachorros e gatos sintam ainda mais frio.
4. Exercícios:
As baixas temperaturas do inverno fazem com que nossos animais fiquem mais quietos. Por isso, é importante usar brinquedos para estimular os cães e os gatos a fazerem exercícios físicos.
5. Aquecimento:
Se você optar por colocar roupinhas para aquecer o seu animalzinho, verifique se elas estão limpas e secas. Contudo, evite manter o seu amiguinho vestido com roupas o tempo todo, para evitar problemas dermatológicos.
6. Alimentação:
Para manter a temperatura normal, o organismo gasta mais energia quando exposto a um ambiente mais frio, o que aumenta a demanda energética. Assim, pode ser necessário aumentar o volume de alimento disponível para o seu animal.
7. Vacinação:
Manter o cartão de vacina do seu animal atualizado é muito importante, principalmente nessa época de maior desafio do seu sistema imunológico.
Junto com o inverno vem também o aumento do número de casos de infecções respiratórias, assim como a pneumonia e a traqueobronquite infecciosa dos canis, popularmente conhecida como “tosse dos canis”.
Portanto, é importante destacar que essas doenças são muito contagiosas e geram um grande risco quando acometem animais filhotes ou idosos.
8. Comportamento:
Fique muito atento ao comportamento do seu animal. Portanto, se o seu animal for muito agitado, elétrico, e, de repente, ele ficar quieto, prostrado, pode ser que ele esteja com algum problema de saúde e seja preciso fazer uma vista ao médico veterinário.
Por fim, pensando nos bichanos, ofereça a eles arranhadores que tenham nichos com tocas, eles adoram!
9. Ectoparasitas:
O inverno chegou e com ele aumenta o número de problemas com ectoparasitas, principalmente carrapatos.
Mantenha seu animal protegido contra essa praga, seja usando coleiras, medicação tópica ou remédios via oral.
10. Visite o veterinário com regularidade:
Não leve o seu animalzinho para uma consulta com o médico veterinário somente quando ele estiver doente. A prevenção é a melhor maneira de manter o seu amiguinho saudável e com qualidade de vida!
É fundamental estarmos atentos aos cuidados com os nossos animais durante o inverno, pois é uma estação muito perigosa para os nossos bichinhos.
Os riscos são ainda maiores para os animais que ficam do lado de fora de casa. Sempre que possível, forneça abrigo de qualidade para que os gatos e os cachorros que sentem frio possam passar por esse período de modo mais protegido.
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Médico Veterinário formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Pós graduado em Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais pela Universidade Castelo Branco (UCB).
Cofundador do site Clube dos Bichos.
Médico Veterinário graduado pela Universidade de Brasília (UnB).
Mestre em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Cofundador do site Clube dos Bichos.
Referência Bibliográfica
Guimarães, J.H; Tucci, E.C; Barros-Battesti, D.M. 2001. Ectoparasitos de Importância Veterinária.Ed. Plêiade/FAPESP,SP. 218pp.
FERNANDES, S. C.; COUTINHO, S. D. A.. Traqueobronquite infecciosa canina – revisão Canine infectious tracheobronchitis. 2004. (Acesso em: 15/06/20)
BIRCHARD, S. J.; SHERDING, R. G. Manual Saunders de clínica de pequenos animais. 3. ed. São Paulo, Roca, 2008. xxiii, 2048 p.